
Porque na entrada para a Ciência, como na entrada do inferno de Dante, é preciso impor a exigência "Qui si convien lasciare ogni sospetto/ Ogni vilta convien che sia morta" (Marx), porque a Ciência é mais do que um corpo de conhecimento, é um modo de pensar (Sagan), porque o poeta é o príncipe da altura e asas de gigante impedem-no de andar (Baudelaire), porque o homem é um ser-para-a-morte (Heidegger), porque filosofar é aprender a morrer (Montaigne), este é um blogue para todos e para ninguém.
quarta-feira, 31 de maio de 2017
domingo, 28 de maio de 2017
sexta-feira, 26 de maio de 2017
terça-feira, 23 de maio de 2017
domingo, 21 de maio de 2017
MÚSICAS RECOMENDADAS: "Canarios", de Gaspar Sanz (1640-1710)
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Um dos poucos retratos de Gaspar Sanz que ficaram para a posterioridade. |
Quando estudante de violão, uma das
composições que mais gostava de tocar era “Canarios”, composta pelo violonista espanhol Francisco Bartolome Sanz y Celma, conhecido em arte apenas por Gaspar Sanz (1640-1710). A exigência técnica a que é submetido o violonista, associada à inexpugnável beleza melódica, conduzia-me à leitura frequente da partitura de Sanz, que eu tinha em altíssima conta nos meus estudos de violão erudito.
Para além da sua importância história no
contexto da música barroca produzida na Espanha do século XVII,
"Canarios" é uma melodia de raríssima beleza, cuja notas álacres
estão a atravessar impolutamente os séculos, a enternecer gerações e gerações
de apreciadores da obra de Sanz. Ouvi-la é imaginar os violonistas daquele
tempo pretérito, a empunhar habilidosamente suas "vihuelas". Nas cordas
de tripas dedilhadas, pelos salões da Europa, enaltecia-se a melodia de
"Canarios" qual expressão lídima da musicalidade das aves e da
natureza no seu esplendor magnânimo, a contribuir para torná-la uma obra de
arte erudita imorredoura, infensa à ação do tempo voracíssimo.
Mesmo em face de todos esses anos, seja no
meu coração de estudante de música de antanho, seja no tempo presente, quando
já não estou mais a frequentar as classes do conservatório senão por
reminiscência nostálgica, "Canarios" continua a encantar os meus
ouvidos. Deleita-me tocar essa música! Assim, espero que o leitor venha a
experimentar idêntico deleitamento ao meu.
sábado, 20 de maio de 2017
quarta-feira, 17 de maio de 2017
MÚSICAS QUE RECOMENDO: "Villancico de Navidad" (Cântico Natalino), de Agustín Barrios Mangoré (1885-1944)
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Agustín Barrios em foto datada de 1922. |
Hoje, no trabalho, enquanto escrevia, estava
a escutar algumas das rádios de música erudita europeias que, graças à
internet, tenho a oportunidade de ouvir (lastimavelmente, rádio especializada
em música erudita é algo que não existe no Brasil).
Numa dessa audições aleatórias, a estação executou um tema
de Natal que sempre gostei muitíssimo de tocar no meu violão: "Villancico
de Navidad", do violonista paraguaio Agustín Barrios Mangoré (1885-1944).
Como disse recentemente a um amigo, se
tivesse oportunidade de cursar o mestrado em Música, a pesquisa da estética da obra de Agustín Barrios Mangoré far-se-ia presente no meu radar de pesquisador. Considerado um dos
maiores virtuoses do século XX no seu instrumento, ele foi também um compositor fenomenal. Suas composições, todavia, o
mais das vezes, ficam injustamente relegadas ao conhecimento de nicho. Neste caso específico, trata-se do nicho - demasiado restrito - dos estudantes
de violão erudito - até porque as partituras de Barrios consubstanciam leituras
obrigatórias na educação musical do violonista em qualquer conservatório do
planeta.
Sendo assim, parece-me a mim de todo
apropriado ceder espaço no blogue para divulgar um pouco da arte majestática
desse artista paraguaio genial. Ouçam, portanto, “Villancico de Navidad", cântico natalino do
grande Agustín Barrios Mangoré.
terça-feira, 16 de maio de 2017
domingo, 14 de maio de 2017
sábado, 13 de maio de 2017
sexta-feira, 12 de maio de 2017
quinta-feira, 11 de maio de 2017
segunda-feira, 8 de maio de 2017
domingo, 7 de maio de 2017
quarta-feira, 3 de maio de 2017
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