terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

CRESTOMATIA POÉTICA ERUDITA: "Amortemor", de Augusto de Campos (1931-)


ANALECTO DO INTELECTO: Antônio Lobo Antunes (1942-)


MÚSICAS QUE RECOMENDO: Nigel North toca obras para alaúde de Johann Sebastian Bach (1685-1750)


Um amigo inglês da "The Lute Society", entidade sediada em Londres que reúne pessoas do mundo inteiro dedicadas à difusão e promoção da arte musical do alaúde, chamou minha atenção para a divulgação no sítio Youtube da transmissão radiofônica que o alaudista inglês Nigel North fez, na década de 1980, durante a série de programas de rádio intitulada "Bach on the Lute" na Inglaterra. 

No meio erudito, Nigel North destaca-se como um dos mais virtuosos alaudistas em toda a Europa, além de constituir-se num autêntico "intelectual da música", dado o portento do seu trabalho como musicólogo versado na música erudita antiga e, em especial, na arte do alaúde renascentista.

Se, de um lado, é situação lastimosa a inexistência de traduções para o português do trabalho de North na Musicologia, em tudo a obstaculizar o acesso dos leitores nativos do idioma lusitano, de outro, é confortativo saber que, graças à internet, as suas gravações ora estão ao alcance do grande público, que, assim, delas pode desfruir.

Dessa maneira, a mim me parece que o concerto radiofônico de North é um desses tesouros invulgares do  Youtube, cuja admirável pulcritude o ouvinte de bom gosto pode apreciar. Portanto, quero estender o convite - que o amigo alienígena da Sociedade do Alaúde fez a mim - a todos os queridos leitores do blogue Metamorfose do Mal que, como eu, amam a música e, com fervor idiossincrático, a música erudita antiga: ouçam Nigel North tocar Bach no alaúde. 

CRESTOMATIA POÉTICA ERUDITA: "Tenho Tanto Sentimento", de Fernando Pessoa (1888-1935)


CRESTOMATIA POÉTICA ERUDITA: "Ante-visões", de Paul Auster (1947-)


CRESTOMATIA POÉTICA ERUDITA: "Desterro", de Olavo Bilac (1865-1918)


ANALECTO DO INTELECTO: Carl Sagan (1934-1996)


ANALECTO DO INTELECTO: Aldous Huxley (1894-1963)


ANALECTO DO INTELECTO: Woody Allen (1935-)


ANALECTO DO INTELECTO: Albert Einstein (1879-1955)


sábado, 11 de fevereiro de 2017

MÚSICAS QUE RECOMENDO: Rafał Blechacz interpreta "Valsas op. 64", de Fryderyk Chopin (1810-1849)



O pianista polaco Rafał Blechacz é um das estrelas em ascensão no cenário erudito. Não faz muito tempo, tive a oportunidade de vê-lo em recital na Europa, onde esteve a apresentar repertório com lastramento na obra pianística chopiniana.

O seu compatrício Chopin é, por sinal, o artista que lhe tem servido de guião musical desde o seu "descobrimento" internacional como virtuose erudito, quando venceu, no ano de 2005, a 15ª edição da Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin - sem embargo, obviamente, da experiência na execução e gravação de outros compositores, de que é exemplo seu álbum intitulado "Johann Sebastian Bach", lançado recentemente na Alemanha pelo selo especializado em música erudita Deutsche Grammophon.

A fim de que o leitor do blogue Metamorfose do Mal possa conhecer um pouco do talento desse pianista notável, estou a indicar a gravação abaixo, colhida junto ao sítio Youtube, na qual Blechacz se põe a executar as Valsas op. 64 de Fryderyk Franciszek Chopin.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Marilyn Monroe sonhava em levar Einstein para a cama


       Ao ler o livro "Lists of a Note" (traduzido no Brasil com o título de “Listas Extraordinárias”), do pesquisador inglês Shaun Usher, descobri uma história mui curiosa. Em 1951, a modelo e atriz estadunidense Marilyn Monroe (1926-1962) estava a conversar com sua colega de quarto, a também atriz Shelley Winters, quando teve a ideia de fazer uma lista de "homens para os quais gostaria de dar". Isto mesmo: ela fez uma lista de homens que gostaria de levar para a cama, a fim de fazer sexo sem compromisso.

Monroe, no seu tempo, já era conhecida em Hollywood pela sua vida pessoal altamente conturbada. Além de problemas recorrentes devido à depressão e ao uso de drogas em grandes quantidades, circulava toda sorte de anedotas (inventadas ou não) nos bastidores da indústria cinematográfica acerca da sua extensa coleção de amantes - que abrangia famosos e anônimos.  

Na lista de "homens com quem gostaria de dormir", elaborada pela beldade loira, portanto, não surpreende haver várias celebridades da sua época. Há atores (Zero Mostel, Eli Wallach, Charles Boyer, Yves Montand, Charles Bickford, Dean Jagger, Charles Laughton), diretores (Jean Renoir, Nicholas Ray, John Huston, Elia Kazan), produtores (Lee Strasberg), cantores (Harry Belafonte), escritores (Ernest Hemingway) e dramaturgos (Clifford Odets, Arthur Miller).

Como se percebe, a lista é formada quase que completamente por homens ligados à indústria do cinema. Por esse motivo, qualquer nome arrolado pela atriz fora do meio artístico despertaria, sem detença, a atenção do leitor. Todavia, o impacto é ainda maior quando percebemos que o nome “estranho” ao cinema é alguém ligado ao meio acadêmico, nada menos que um dos maiores cientistas de toda a história: Albert Einstein.     

O físico alemão Albert Einstein (1879-1955), que Marilyn Monroe sonhava em levar para a cama. Quem foi que disse que cientistas não têm "sex appeal"?

Sim, Marilyn Monroe desejava secretamente fazer sexo com o físico alemão Albert Einstein. Quem diria que um professor e pesquisador, cujas fotos cuidaram de registrar para a posteridade a sua fealdade incontestável, seria capaz de despertar tesão na mulher que foi um dos maiores símbolos sexuais do século XX?  

Não deixa de ser extravagante pensar que, em meio a tantos galãs do cinema hollywoodiano, admirados e desejados por um vasto contingente de mulheres, Marilyn Monroe tenha reservado um espaço na sua lista de “copuláveis” para manifestar o desejo de transar com um cientista famoso.

Tudo bem. Albert Einstein nunca foi uma figura comum. Antes o contrário: trata-se, indubitavelmente, de uma das mentes mais brilhantes de toda a história da humanidade. Mas cientistas não costumam figurar nas listas de homens que se põem a povoar as fantasias sexuais das mulheres. Quando mais em se tratando duma atriz que, famosa por sua beleza estonteadora, tinha todos os homens do seu tempo a seus pés.

Tenho para mim que a presença de Albert Einstein na lista de homens que Marilyn Monroe gostaria de levar para a cama está a revelar duas constatações interessantes. De um lado, que inteligência é afrodisíaco (isso mostra como Monroe era uma mulher inteligente, pois só se admira no outro a qualidade que intimamente desejamos possuir; logo, para valorizar-se a inteligência/intelectualidade de alguém, é preciso ser em alguma medida inteligente também). De outro, que nem tudo na vida está perdido para homens feios como Einstein. Basta dominar a teoria da relatividade, a converter-se num cientista famoso, para despertar a atenção de alguém. Nesse sentido, a física teórica estará sempre de braços abertos para neófitos-conquistadores do conhecimento científico.