sábado, 1 de outubro de 2016

MÚSICAS QUE RECOMENDO: Vladimir Horowitz toca "Polonesa em Lá bemol maior" (Op. 53), de Frédéric Chopin (1810-1849)

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No dia 01 de outubro de 1903, nascia na cidade de Kiev (Ucrânia) um dos maiores pianistas de todos os tempos e um dos meus artistas favoritos: Vladimir Horowitz.  
Para o leitor do blogue Metamorfose do Mal, cultor da arte erudita como eu, separei este excerto de um dos últimos concertos apresentados pelo mestre, a destacar a execução da "Polonesa em Lá bemol maior" (Op. 53) de Chopin - também conhecida em arte pelo cognome de "Polonesa Heroica". O ano era 1987. O palco: o Große Saal (também conhecido como goldener Saal) da Wiener Musikverein - uma sala de concertos da Áustria, celebérrima em toda a Europa pela perfeição da sua arquitetura sonora.
Reputo interessante este concerto. Ele está a revelar um artista gordo, já vetusto, debilitado pela decrepitude que decorre naturalmente do avanço da idade e das doenças que lhe são correlatas. Na data da realização desse concerto, Horowitz estava a contar 84 anos de vida.    
Apesar da idade avançada, é notável seu esforço ao longo de toda a apresentação em emular uma das características que o celebrizaram com um dos maiores mestres do piano: o domínio impecável, com uma precisão impressionante, da mecânica do instrumento.
Nessa toada, sempre que estou a assistir a esse concerto Horowitz, faço gosto de pensar que ele é uma espécie de ode involuntária ao talento artístico num grau supremo. Para um artista nesse nível de inteligência musical, nem mesmo a velhice - a pior das doenças, como reza o adágio dos antigos romanos - foi capaz de deter a potestade sonora das suas mãos.
Só a morte, que lhe atacaria de modo inexpugnável apenas dois anos depois desse derradeiro concerto na Áustria, deteve Horowitz. Ou nem isso. Ao fim e ao cabo, seu legado artístico é imorredouro. Imortal. 
 

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