
Porque na entrada para a Ciência, como na entrada do inferno de Dante, é preciso impor a exigência "Qui si convien lasciare ogni sospetto/ Ogni vilta convien che sia morta" (Marx), porque a Ciência é mais do que um corpo de conhecimento, é um modo de pensar (Sagan), porque o poeta é o príncipe da altura e asas de gigante impedem-no de andar (Baudelaire), porque o homem é um ser-para-a-morte (Heidegger), porque filosofar é aprender a morrer (Montaigne), este é um blogue para todos e para ninguém.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
sábado, 25 de fevereiro de 2017
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
sábado, 18 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
MÚSICAS QUE RECOMENDO: Nigel North toca obras para alaúde de Johann Sebastian Bach (1685-1750)
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Um amigo inglês da "The Lute Society",
entidade sediada em Londres que reúne pessoas do mundo inteiro dedicadas à
difusão e promoção da arte musical do alaúde, chamou minha atenção para a
divulgação no sítio Youtube da transmissão radiofônica que o alaudista inglês
Nigel North fez, na década de 1980, durante a série de programas de rádio
intitulada "Bach on the Lute" na Inglaterra.
No meio erudito, Nigel North destaca-se como um dos mais virtuosos alaudistas em toda a
Europa, além de constituir-se num autêntico "intelectual da música",
dado o portento do seu trabalho como
musicólogo versado na música erudita antiga e, em especial, na arte do alaúde
renascentista.
Se, de um lado, é situação lastimosa a inexistência de traduções para o português do trabalho de North na Musicologia, em tudo a obstaculizar o acesso dos leitores nativos do idioma lusitano, de outro, é confortativo saber que, graças à internet, as suas gravações ora estão ao alcance do grande público, que, assim, delas pode desfruir.
Dessa maneira, a mim me parece que o concerto radiofônico de North é um desses tesouros invulgares do Youtube, cuja admirável pulcritude o ouvinte de bom gosto pode apreciar. Portanto, quero estender o convite - que o
amigo alienígena da Sociedade do Alaúde fez a mim - a todos os queridos leitores
do blogue Metamorfose do Mal que, como eu, amam a música
e, com fervor idiossincrático, a música erudita antiga: ouçam Nigel North tocar Bach no alaúde.
sábado, 11 de fevereiro de 2017
MÚSICAS QUE RECOMENDO: Rafał Blechacz interpreta "Valsas op. 64", de Fryderyk Chopin (1810-1849)
O pianista polaco Rafał Blechacz é um das
estrelas em ascensão no cenário erudito. Não faz muito tempo, tive a
oportunidade de vê-lo em recital na Europa, onde esteve a apresentar repertório
com lastramento na obra pianística chopiniana.
O seu compatrício Chopin é, por sinal, o
artista que lhe tem servido de guião musical desde o seu
"descobrimento" internacional como virtuose erudito, quando venceu,
no ano de 2005, a 15ª edição da Competição Internacional de Piano Frédéric
Chopin - sem embargo, obviamente, da experiência na execução e gravação de
outros compositores, de que é exemplo seu álbum intitulado "Johann
Sebastian Bach", lançado recentemente na Alemanha pelo selo especializado em música erudita Deutsche
Grammophon.
A fim de que o leitor do blogue Metamorfose
do Mal possa conhecer um pouco do talento desse pianista notável, estou a
indicar a gravação abaixo, colhida junto ao sítio Youtube, na qual Blechacz se
põe a executar as Valsas op. 64 de Fryderyk Franciszek Chopin.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Marilyn Monroe sonhava em levar Einstein para a cama
Monroe, no seu tempo, já era conhecida em
Hollywood pela sua vida pessoal altamente conturbada. Além de problemas
recorrentes devido à depressão e ao uso de drogas em grandes quantidades, circulava
toda sorte de anedotas (inventadas ou não) nos bastidores da indústria cinematográfica
acerca da sua extensa coleção de amantes - que abrangia famosos e anônimos.
Na lista de "homens com quem gostaria de
dormir", elaborada pela beldade loira, portanto, não surpreende haver
várias celebridades da sua época. Há atores (Zero
Mostel, Eli Wallach, Charles Boyer, Yves Montand, Charles Bickford, Dean
Jagger, Charles Laughton), diretores (Jean Renoir, Nicholas Ray, John Huston,
Elia Kazan), produtores (Lee Strasberg), cantores (Harry Belafonte), escritores
(Ernest Hemingway) e dramaturgos (Clifford Odets, Arthur Miller).
Como se percebe, a lista é formada quase que
completamente por homens ligados à indústria do cinema. Por esse motivo, qualquer
nome arrolado pela atriz fora do meio artístico despertaria, sem detença, a atenção
do leitor. Todavia, o impacto é ainda maior quando percebemos que o nome “estranho”
ao cinema é alguém ligado ao meio acadêmico, nada menos que um dos maiores
cientistas de toda a história: Albert Einstein.
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O físico alemão Albert Einstein (1879-1955), que Marilyn Monroe sonhava em levar para a cama. Quem foi que disse que cientistas não têm "sex appeal"? |
Sim, Marilyn Monroe desejava secretamente fazer
sexo com o físico alemão Albert Einstein. Quem diria que um professor e
pesquisador, cujas fotos cuidaram de registrar para a posteridade a sua
fealdade incontestável, seria capaz de despertar tesão na mulher que foi um dos
maiores símbolos sexuais do século XX?
Não deixa de ser extravagante pensar que, em
meio a tantos galãs do cinema hollywoodiano, admirados e desejados por um vasto
contingente de mulheres, Marilyn Monroe tenha reservado um espaço na sua lista
de “copuláveis” para manifestar o desejo de transar com um cientista famoso.
Tudo bem. Albert Einstein nunca foi uma
figura comum. Antes o contrário: trata-se, indubitavelmente, de uma das mentes
mais brilhantes de toda a história da humanidade. Mas cientistas não costumam figurar
nas listas de homens que se põem a povoar as fantasias sexuais das mulheres.
Quando mais em se tratando duma atriz que, famosa por sua beleza estonteadora, tinha
todos os homens do seu tempo a seus pés.
Tenho para mim que a presença de Albert
Einstein na lista de homens que Marilyn Monroe gostaria de levar para a cama
está a revelar duas constatações interessantes. De um lado, que inteligência é
afrodisíaco (isso mostra como Monroe era uma mulher inteligente, pois só se
admira no outro a qualidade que intimamente desejamos possuir; logo, para
valorizar-se a inteligência/intelectualidade de alguém, é preciso ser em alguma
medida inteligente também). De outro, que nem tudo na vida está perdido para homens
feios como Einstein. Basta dominar a teoria da relatividade, a converter-se num
cientista famoso, para despertar a atenção de alguém. Nesse sentido, a física
teórica estará sempre de braços abertos para neófitos-conquistadores do
conhecimento científico.
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