O compositor alemão Johannes Brahms por volta dos 30 anos,
idade em que começou a escrever o seu réquiem, inspirado pela morte da mãe.
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Neste feriado do Dia de Finados, estou a
ouvir a obra "Ein deutsches Requiem, nach Worten der heiligen
Schrift" (ou simplesmente "Ein deutsches Requiem”, Op. 45), do compositor alemão Johannes Brahms (1833-1897).
Trata-se de um réquiem – a forma musical da
missa fúnebre. Inspirado pela morte de sua mãe, Brahms, tomado de assalto pelo espírito lutuoso, compôs os sete movimentos dessa partitura no
período que vai de 1865 a 1868. Protestante, fê-lo a musicar excertos da tradução da Bíblia feita por Martinho Lutero, razão pela qual seu réquiem é cantado em alemão, e não em latim - como sói acontecer na tradução erudita católica. A sublimar ainda mais a grandeza da sua obra,
além do coro sinfônico, Brahms incluiu um solo de soprano e outro de barítono.
A lobreguidão magnânima desse réquiem posiciona-o qual uma das composições mais relevantes de todo o Romantismo na história universal da música. Sobretudo pela maneira imponente com que o compositor tudesco emprega o canto coral na
composição longa, aprecio muitíssimo essa obra.
Indiscutivelmente, a lugubridade da sua melodia está a falar diretamente ao coração.
No registro abaixo, temos a interpretação de "Um Réquiem Alemão" de Brahms pela Filarmônica de Berlim, sob a regência
do maestro italiano Claudio Abbado. Gravada em 1997 na Musikverein - a mais famosa sala
de concerto de toda a Europa e "lar" da Filarmônica de Viena, a apresentação esteve a homenagear o centenário do passamento de
Johannes Brahms, que morreu em 1897 na capital austríaca.
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