Retrato do compositor francês Georges Bizet. |
No dia 3 de junho do ano de 1875, morria
prematuramente o compositor francês Alexandre César Léopold Bizet, conhecido em arte pelo seu nome de batismo de 1840, isto é, Georges Bizet.
O passamento precoce interrompeu a promissora
carreira de Bizet como compositor erudito, notadamente versado em óperas, no
prestigiadíssimo circuito parisiense do século XIX.
Sua obra mais famosa é "Carmen",
ópera dividida em quatro atos e baseada na novela escrita pelo seu compatrício
romântico Prosper Mérimée em 1845.
Com sua dança e beleza pulquérrimas, a cigana Carmen seduzia todos os homens.
Em destaque, Carmen a dançar, imaginada pelo ilustrador britânico James E. McConnell.
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Curiosamente, quando de sua estreia, em 1875,
no Teatro Nacional da Ópera Cômica ("Théâtre national de
l'Opéra-Comique"), "Carmen" revelou-se um grande fracasso de
público. A recepção da crítica também não foi das mais arrebatadas, o que me
leva a matutar se não haveria um padrão obliterativo para grandes obras
fracassarem frente aos homens do seu tempo.
O insucesso de sua maior obra em Paris agravou
o quadro depressivo de Bizet. A depressão, somada ao seu problema laringal
crônico, contribuiu para o falecimento precoce do compositor em 3 de junho de 1875, fulminado por um ataque cardíaco. Na data da sua morte, Bizet estava
a contar apenas 36 anos de idade.
O tempo, todavia, tratou de remir a arte de
Bizet do esquecimento injusto. Na atualidade, "Carmen" é mui provavelmente
a mais famosa de todas as óperas já escritas, a gozar de popularidade insólita
junto ao grande público. Mesmo o ouvinte incauto, não habituado à dinâmica operística, costuma encantar-se com facilidade pelas melodias da suíte que musica o drama da cigana
espanhola ardente e sedutora.
Indubitavelmente, "Camen" é um
clássico atemporal. O fato de ela, hoje, ter-se convertido numa obra de
encenação obrigatória em todas as casas de ópera do mundo só serve para atestar
o legado artístico imenso deste compositor brilhante chamado Georges Bizet.
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